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The Pólis

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"As eleições autárquicas confirmaram, no concelho de Setúbal, o reconhecimento do trabalho realizado e a confiança das populações no projeto" da CDU.

A frase é do deputado municipal repetente, Afonso Luz (filho), no jornal SemMais - o dos fretes que falei há uns tempos - para assinalar a vitória de André Martins e da CDU em Setúbal.
O deputado, que se esforçou imenso na campanha em escrever artigos de opinião, diz que "venceu quem, numa campanha de proximidade com as populações, ouvindo críticas, sugestões e contributos, prestou contas do trabalho realizado e apresentou uma visão de desenvolvimento para o concelho." .

Bom, se assim foi, é melhor reverem a vossa proximidade e pedirem um diagnóstico auditivo, porque estiveram a 3000 votos de serem corridos da presidência. Isto depois de uma estrondosa maioria há 4 anos atrás. Essa foi a parte que o Afonso Luz se esqueceu, ou por outra, não lhe apeteceu escrever no seu artigo. É compreensível, sendo comunista há obrigações maiores que se levantam e um homem tem de dizer o que um homem tem de dizer, ainda que o que diga não tenha adesão à realidade.

O único problema é que a internet não esquece, e com uma pesquisa simples encontramos o deputado Afonso Luz, a dizer praticamente o mesmo acerca da maioria conseguida por Maria Dores Meira.
Dizia o nosso amigo que a CDU, naquela altura, tinha obtido um voto de reconhecimento e de confiança. Que tinham, a partir de então, responsabilidades acrescidas!

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Pergunto então: se nestas últimas eleições obtiveram quase metade dos votos que há 4 anos atrás, isso significa o quê? Que obtiveram um sinal de desconfiança? Que não souberam lidar com o tal acréscimo de responsabilidades?

Para o deputado Afonso Luz, essas reflexões não interessam. Interessa mostrar só parte bonita, fazer-nos passar por tolos e nunca, mas nunca assumir responsabilidades ou tirar consequências dos resultados destastrosos que tiveram.


Por mim tudo bem, acho que devem prosseguir neste caminho de sobranceria, que até tem dado bons frutos no Alentejo - as populações estão a "abrir os olhos" para a estagnação a que o PCP as tem condenado.
Só que a internet não esquece e os setubalenses atentos sabem perfeitamente que o Afonso Luz só escreveu o que tinha de escrever, porque no fundo no fundo, ele sabe que foi a abstenção que os salvou do PS.

Debate Autárquicas Setúbal na RTP

A prestação dos candidatos à lupa

Já vou com algum delay, mas não podia evitar de deixar a minha pequena análise à prestação dos candidatos à Câmara Municipal da minha terra, Setúbal.

 

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André Martins (CDU)

Mostrou-se muito pouco à vontade, com uma postura corporal estranha, quase autista. Praticamente só lhe vimos as mãos quando quis espingardar com o seu principal rival, Fernando José. Esconder as mãos o tempo todo enquanto se fala, especialmente num debate, não é um bom sinal de linguagem corporal. Para além de revelar pouco à vontade, demonstra que está a esconder algo, possivelmente o seu desconhecimento dos temas.
A única coisa que veio dizer ao debate foi que já tem investidores preparados para investir na cidade. Quando confrontado com a questão sobre se era candidato de substituição, devido à impossibilidade de Maria Dores Meira se voltar a candidatar, não conseguiu esconder o desconforto. É natural, pois é uma grande verdade.



Fernando José (PS)
O candidato do Partido Socialista, e suposto challenger de facto, teve uma postura condizente com o partido que representa. Vem com um discurso estruturado, cheio de frases elaboradas que de tão genéricas poderiam caber até numa candidatura à associação de condomínios.
Começou a criticar André Martins por este estar a fazer promessas de investimento, para logo a seguir levantar uma imagem feita a computador e prometer um grande pavilhão multiusos. Aliás, pelo que se vai ouvindo deste candidato, parece que a única coisa que o Partido Socialista identifica como lacuna na cidade é a ausência de um pavilhão.
Havendo uma pequena oportunidade de destronar a CDU em Setúbal, o Partido Socialista tinha a obrigação de apresentar um candidato muito mais competente e carismático. Para não falar da campanha miserável, que nem parece vinda de um partido de poder, com meios e máquina - alguém me explica que raio de outdoors são aqueles?



Fernando Negrão (PSD)
É o candidato de postura mais institucional, talvez pela experiência que acumula. Viu-se confrontado, logo de início pelo jornalista, com a questão que os seus principais adversários mais utilizam para o atacar. A demissão do cargo de vereador, durante o primeiro mandato da CDU pós Mata Cáceres.
Negrão justificou com a demissão do então presidente da Câmara, Carlos Sousa, que há época se demitiu com queixas sobre jogos de poder dentro da CDU. O candidato social-democrata disse que saiu em solidariedade com Carlos Sousa e aproveitou para assinalar que Maria Dores Meira, nesse mandato, foi presidente sem para isso ter sido eleita.
Vai ter de repetir esta explicação mais vezes se quiser ver-se livre do boato de que abandonou a vereação porque em Lisboa ganhava mais.



Pedro Conceição (ind + CDS-PP)
Deixem o homem falar que ainda aprendem qualquer coisa. Pedro Conceição é um empresário reconhecido em Setúbal, para além regular auxiliador em várias associações do concelho. Tem muita experiência em gestão e, pelo que se vê, bem sucedida. Parece ter uma postura mais tímida, ainda que empática. Referiu uma questão relevante que bem serve à maioria dos candidatos: Prometem-se equipamentos e formas de gastar dinheiro, sem se apresentar um planeamento. (Para que é que se vai fazer? Que estudos se fazem sobre a prevísivel utilização? Queremos construir por construir ou para realmente colmatar necessidades?) Deu o exemplo dos estádios do Euro2004 que muitos deles hoje não servem para absolutamente nada.



Fernando Pinho (BE)
É uma metralhadora incontrolável. O bloquista Fernando Pinho tem muita coisa para dizer, muita crítica para fazer e não parece ter alvos fixos. Por incrível que pareça, tendo a concordar com várias das suas críticas, como a de referir que a Autarquia só se preocupa em maquilhar o centro da cidade para agradar aos turistas, ficando esta parte da cidade a contrastar cada vez mais com as periferias, onde há bairros sem saneamento básico, ou sem qualquer transporte público.
O candidato do Bloco também defende que devem haver benefícios para as empresas (é mesmo do Bloco?!), não podia concordar mais, meu caro capitali...perdão, camarada!



Luís Maurício (CHEGA)
O candidato do CH é representante de um fenómeno que se verifica em várias localidades do nosso país. Para capitalizar o suposto sucesso de André Ventura (suposto porque até agora só tem sucesso nas sondagens), forçaram-se candidaturas no máximo número de concelhos possível. O resultado é que acabam por ter candidaturas que ninguém poderá realmente levar a sério. Luís Maurício não tem nada para dizer sobre Setúbal, para além de tentar replicar a cartilha que Gabriel Mithá RIbeiro escreveu para o partido. Disse que Setúbal estagnou e limitou-se a repetir esta expressão várias vezes. Esta e a falta de segurança. Não fosse o seu carregado sotaque e pareceria um robô que repete meia dúzia de palavras.
Provavelmente terá alguns votos de protesto e de adeptos ferrenhos de Ventura.

Carina de Deus (RIR + PDR)
Desertora do Chega, a candidata da coligação RIR/PDR apresentou-se no debate da RTP3 visivelmente nervosa. O jornalista ainda a estava a apresentar e já a senhora suspirava...
Não tem qualquer arcaboiço para entrar em argumentação com a maioria dos candidatos, e nota-se que o seu projeto não vai além de uma dúzia de frases generalistas. Sejamos sérios: todos sabemos que esta candidatura não está ali para ganhar nada, mas sim para marcar presença na luta que os partidos pequenos agora fazem para entrar na mesmo onde que apanhou o Livre, IL e CH,

Fidélio Guerreiro (independente)
Quem tem um Fidélio tem um grande defensor da sua terra. Fidélio Guerreiro é experimentado nas lides autárquicas em Setúbal e transmite muita confiança quando fala. Porém, o seu atual ritmo para expressar raciocínios não se adequa à televisão. Ficou muitas vezes a meio das frases por ter esgotado o tempo. Parece ser alguém que procura conhecer a fundo os dossiês e que tendo saído do Partido Socialista, conhece os podres da concelhia de Fernando José.


O debate pode ser revisto aqui. Estas foram as minhas percepções da prestação de cada um dos possíveis inquilinos da Praça do Bocage. Se quiserem, deixem-me as vossas nos comentários.

Hoje deparei-me com duas informações de municípios diferentes, que me suscitaram questões que gostaria de ver respondidas. Infelizmente, ninguém as põe, ou por outra que as devia lançar não o faz. Como é de notar pelo título, refiro-me aos jornalistas.

Passou-me pelo facebook mais um anúncio de atividade de campanha da atual presidente da Câmara Municipal de Setúbal, à Câmara Municipal de Almada. Numa sexta-feira qualquer, à tarde, lá vai Maria Dores Meira passear a Almada para continuar a tentar recuperar a autarquia aos socialistas.

Isto levanta-me algumas questões, especialmente por ser Setúbal a minha terra.
Anda a presidente a receber um vencimento pago, também, mas especialmente, pelos sadinos para andar a fazer campanha em Almada? Não devia já ter suspenso o seu mandato? O seu vencimento?
E com que viatura faz estas deslocações a Almada? Sabemos todos que tem um motorista e carro pago com os nossos impostos, mas são para serviço em nome da Câmara Muncipal de Setúbal.

Gostava de obter resposta para estas questões, e sei que não estou errado ao considerar que deviam ser colocadas por jornalistas. Investigadas por jornalistas.

O que me leva à segunda informação, com que me cruzei: A Câmara Municipal do Seixal pagou 5mil euros para ter no jornal Semmais o presidente entrevistado, com perguntas de tanga, e umas quantas páginas de promoção ao trabalho da Câmara. Uma descarada propaganda eleitoralista com, paga com os impostos dos seixalenses, com a cumplicidade de um jornal.

Talvez isso explique, no geral, a ausência de escrutínio das autarquias neste distrito. A sobrevivência financeira dos jornais sobrepoem-se aos seus deveres enquanto bastiões de defesa do interesse público. É mais fácil ganhar 5000 euros e publicar o que a Câmara XPTO precisa, do que gastar 5000 a investigar o que fazem com o nosso dinheiro e arriscarem-se perder o valioso patrocínio dessa autarquia.

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Esta semana deparei-me com dois casos flagrantes de contradição ideológica e falta de coragem por parte da Presidente da Câmara Municipal de Setúbal.

O primeiro, por si só, até não me levaria a escrever nada sobre o assunto. O segundo, acumulado com o primeiro já me "obrigou" a torturar o teclado e os olhos de quem lê este blogue.

Este fim de semana foi re-inaugurado o Convento de Jesus, com todo um espetáculo, na minha opinião desnecessário e contraproducente tendo em conta a situação que vivemos (hoje já estamos em Estado de Calamidade), de projecção de imagens, concerto e atores contratados para interpretar figuras históricas, etc.
O hábito faz o monge, e aqui por terras sadinas já estamos habituados às megalomanias da Excelentíssima Sra. Presidente. Alguns apreciam, não é o meu caso.
Acontece que a Presidente, não satisfeita com o status quo de que já ususfrui e faz questão de vincar publicamente, seja através de indumentária, seja através da alimentação de uma corte à sua volta, a Sra. Presidente decidiu que desta vez queria ser mais: Queria ser realeza.

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Qual não é o meu espanto quando, circulando por publicações de Facebook e fotos da inauguração do Convento, me deparo com os Convidados de Honra da autarquia: Os Duques de Bragança!
Dizem uns, que foram representar os originais mandatários da obra do Convento. Ou estão toldados pela ingenuidade ou são pequenos candidatos a spin.

A verdade é que em Portugal, os republicanos apesar de terem conseguido abolir a Monarquia, com alguma violência até, nunca aboliram o sentimento de inferioridade e fascínio com a aura de poder natural que os monarcas, um pouco por toda a Europa, conseguiram cultivar. Não é por acaso que, no filme-documentário "The Crown", o fotógrafo da família real, quando confrontado com os protestos da irmã da rainha por pretender ser fotografada num registo mais natural, ligado ao país real, este lhe tenha respondido que ninguém quer ver o mundo real. O povo quer fantasiar, quer ter uns minutos a imaginar como será estar na pele de uma princesa, com toda a reverência e excentricidade que isso acompanha. 
Claro que, não se sabe se este diálogo tem algum fundo de verdade, mas que faz sentido, faz.

A presidente decidiu então convidar os Duques de Bragança, herdeiros de um regime morto, para ela própria ter os seus minutos de realeza. Mesmo que zombie. Deparamo-nos então com o rídiculo de ter um Monárquico e uma Comunista a descerrar a placa comemorativa da inauguração.
A Sra. Presidente, candidata a Condessa, não se importou de pisar nos valores republicanos que lhe foram conferidos pelos eleitores, nem nos valores ideológicos do seu partido, para criar o seu momento de Nobreza.
Ao que parece, a terra "é de quem a trabalha", mas os conventos mandados construir por reis, já não.


O segundo momento da semana, foi a notícia de que Joe Berardo comprou e tem alterado à sua vontade, a antiga estação rodoviária em Azeitão, para criar um palacete. Tudo muito certo, excepto a falta da licença necessária para o fazer.

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Quando confrontada com o caso, a edil respondeu que está a decorrer o processo de licenciamento.
Portanto, acrescendo ao facto de termos um dos maiores devedores à Caixa Geral de Depósitos, ou seja a nós todos, que andou nas comissões parlamentares a dizer que não tinha nada em seu nome, a gastar 2000 milhões num edíficio, ainda temos a complacência da Presidente da Câmara.
Talvez esta primeira parte não a afecte, dado que foi uma fervorosa apoiante do banqueiro Tomás Correia - mais um atropelo ao que o partido defende - e portanto gente que arruína bancos com dinheiro público não a incomoda. Mas então que dizer da falta de mão, num tipo que compra e reconstrói sem licenças, faz e desfaz a seu bel-prazer, sem que ninguém se imponha? Estamos a testemunhar um privilégio com o patrocínio de Maria Dores Meira? Também já não há problema para a autarca do PCP, que um milionário se sinta privilegiado e acima da lei?


Na minha ótica, nem que fosse por uma questão de justiça para com o gozo deste senhor a todo o povo português, a Câmara tinha era que encontrar forma de não lhe atribuir licença nenhuma e pô-lo no sítio.

Mas tal como disse anteriormente, num artigo algures aqui, esta Presidente é tão comunista como... Joe Berardo.


Voltou à baila, não sei por quem, nem se foi propositado, a notícia de 2014, do Correio da Manhã, acerca da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria Dores Meira, em que se referem os 14 imóveis do quais era proprietária à data ( não sei se agora são menos ou mais), assim como a sua declaração de rendimentos.

Rapidamente esta velha notícia foi espalhada por vários grupos do Distrito, nos quais para uns foi novidade, para outros não. Incluo-me nos que já conheciam a notícia, assim como a resposta da edil à epóca.

Acontece que, Maria das Dores Meira anunciou há relativamente pouco tempo a sua putativa candidatura à Câmara Municipal de Almada. Isto é, como já não tem possibilidade de continuar em Setúbal, já veio dizer publicamente que não se importa nada de saltar para outra Câmara.

Ora tendo a presidente ambições de se candidatar a uma Câmara, na qual não tem a certeza que consegue ganhar, não podia deixar que andasse novamente a circular a notícia de 2014. Prontamente, já se pronunciou sobre o tema no seu Facebook, recuperando também o post que publicou naquele ano, para responder à notícia.

A presidente começa o seu novo texto sobre o sucedido, dizendo que "o povo não é estúpido". Não é mesmo, e por isso é que gostaria de dizer que os esclarecimentos de Maria Dores Meira são uma, passo a expressão, "chachada".  Vem dar um ar de ofendida, negando aquilo que lhe interessa e rebatendo que os imóveis foram adquiridos "ANTES" de ser autarca.

Isso é completamente irrelevante. Maria Dores Meira quer desviar as atenções de algo que considero, se não mais, pelo menos tão grave como aquilo que a acusam. Esta incoerência entre o que se é e aquilo pelo qual se diz mover.

A presidente da Câmara de Setúbal é, na verdade o protótipo ideal do comunista português. Um burguês refastelado que para atingir o poder, se faz de defensor dos pobres e oprimidos.
O PCP, sendo o partido que mais vomita contra os monopólios, o lucro desmedido e a acumulação de capital, é também o partido que mais põe mais em prática aquilo que critica. E os seus dirigentes fazem também jus a essa regra.

O que é espantoso é que "o povo não é estúpido" mas acha que alguém com 14 imóveis está com ele, no mesmo barco, na luta contra o grande capital. Ache que alguém que diz que gostava de "ter dinheiro para tanto [colocar em contas nas ilhas Caimão]", é uma lutadora pelos direitos do proletariado e que se interessa pelas dificuldades dos trabalhadores. Que alguém que acumula capital é contra quem acumula capital.

Não há problema nenhum em um comunista ter dinheiro, podem é de vez, abandonar a retórica hipócrita e assumir que não se importam de enriquecer ilimitadamente, e que não se importam de cavar um fosso entre o seu dinheiro e os que têm falta dele, e que tanto juram defender.

Os pseudo comunistas, dirigentes do PCP, quando estão na mó de cima, ou quando como neste caso já vêm da mó de cima, estão se marimbando para a distribuição de riqueza. Estão, assim como o seu partido, interessados na acumulação de riqueza. O PCP, aqui personificado em Maria Dores Meira, é rico, gordo e capitalista. A presidente sabe, o partido sabe, e o povo que "não é estúpido" tem de começar a saber.

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