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The Pólis

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As sondagens não são intenções de voto, são representações da opinião de pessoas que estão disponíveis para responder a sondagens e servem primordialmente para influenciar a população, secundariamente para simular projeções resultados futuros. As verdadeiras sondagens são as eleições. A última vez que as sondagens deram um empate entre PS e PSD, ficámos com uma maioria absoluta do PS. Fica para reflexão...


"O líder partidário que o propôs curiosamente não está no Parlamento. O primeiro a fazê-lo. Foi Nuno Melo, do CDS. O seu a seu dono."
. A frase é de Paulo Portas, no último domingo, quando analisava as medidas de combate à inflação anunciadas pelo Governo e mais concretamente quando se debruçou sobre a medida do IVA zero para alimentos essenciais.  
 
O que também é curioso é que na semana anterior, houve muito debate público sobre Oposição a propósito das críticas do Presidente da República ao Governo de António Costa. Num dos programas de rádio mais conhecidos do país, em que é pedido aos ouvintes que liguem para a rádio para deixarem a sua opinião, pediu-se-lhes que comentassem as intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa. 
 
Uns a concordarem mais, outros menos com as críticas diretas do Presidente, houve sempre uma linha argumentativa comum, de forma mais ou menos subentendida, que sobressaia: O Governo apesar de ter uma maoria, só se sente muito à vontade para pôr e dispor das nossas vidas porque a Oposição é fraca. O jornalista chegou mesmo a perguntar algumas vezes se se podia dizer que neste momento o Presidente da República era o principal Líder da Oposição.  
 
Reciclando novamente a expressão, é curioso que neste momento as duas principais funções de Oposição, escrutinar e propor, de forma assertiva e responsável, se sintam vindas de dois pólos, que os mais distraídos poderiam considerar pouco prováveis: O Presidente da República que se tem visto obrigado a confrontar um Governo relaxado, que empurra os problemas com a barriga. E o CDS-PP que, neste caso em concreto, há praticamente um ano que propõe a medida básica de alívio às contas das famílias portuguesas que o Governo tinha vindo a desdenhar e desconsiderar até agora.  
 
Dá realmente que pensar o estado em que está a Oposição, que se senta no Parlamento, em Portugal. À esquerda o Bloco e o PCP continuam a tentar encontrar forma de contrariar o desgaste que a Geringonça lhes provocou. O PS vendeu muito bem a ideia de que deu à luz uma inovadora união das esquerdas que o BE e o PCP assassinaram sem remorsos.  
 
Os comunistas, como já é habitual, fizeram mais uma leitura de contexto político com uma lente empoeirada e escolheram um líder que nem onde viveu as pessoas o conhecem - ainda bem.  
 
O Bloco também vai trocar de líder, não comete o mesmo erro que o PCP mas tem uma outra dificuldade que está a aumentar com o tempo. Pouco ou nada distingue as causas que defendem das da nova fornada de políticos oriunda da Juventude Socialista. A curto médio prazo isto terá os seus efeitos mais vincados.  
 
Já partido de Rui Tavares nunca teve como objetivo fazer Oposição mas sim de colocar o seu líder numa boa posição.  
 
À direita todos querem ser o PSD, inclusive o PSD. Montenegro, cujo principal ativo eram as suas performances no Parlamento, saltou para a liderança do partido num momento em que não lá está e isso reflete-se na dificuldade que o PSD tem alavancar-se de outra forma que não seja esperar por erros do Governo.  
 
O CH abre garrafas de champanhe cada vez que sai uma sondagem, ignorando o facto de que desde que entrou na Assembleia da República o Partido Socialsita só insuflou. André Ventura entre os seus delírios de messianismo, vai capitalizando o descontentamento dos que já só querem ver alguém a gritar e a ofender o primeiro-ministro. Só que a maioria dos portugueses sabem que com gritos e ofensas consegue-se pouco mais do que receber um troco igual. E toda a gente sabe que um partido de protesto é bom para entreter, mas quando chega a hora de falar a sério preferem-se “adultos” na sala. 
 

A IL quer ser gender fluid para agradar ao seu eleitorado cosmopolita, recusa enquadrar-se na esquerda, na direita ou no centro apesar de se querer sentar bem no meio do centrão. Enervam mais os bloquistas, por partilharem com eles uma agenda social comum e ainda recentemente deram provas nos Açores de que não estão assim tão preocupados com o socialismo, ao quererem romper com a primeira hipótese de um governo não socialista desde 1996 no arquipélago. 
 

Entretanto temos um país sabotado, com uma população em dificuldades para conseguir coisas tão básicas como por o pão na mesa ou aceder um médico, e que paga os seus impostos não para obter serviços públicos de qualidade mas para ser anestesiada por um Governo que só investe na dependência do Estado e nos seus círculos de amizades.   
Com o avançar do tempo é nítido que não revertemos este rumo com uma Oposição útil ao PS, como tem sido, mas sim com uma Oposição útil às nossas vidas como a que o CDS-PP demonstrou e o Presidente da República, infelizmente, se vê obrigado a exemplificar.

 

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Os presidentes das Câmaras Municipais de Setúbal, Sesimbra e Palmela continuam nos seus teatros de mediatismo sobre a Saúde.

Estes 3 fracos líderes comunistas depois do teatro do "protesto" em frente ao Ministério que Manuel Pizarro tutela, têm combinado atuar em trio (odemira) nas suas posições sobre a Saúde.

Tudo muito bonito mas sendo estes excelentíssimos e ilustres senhores eleitos pela CDU, podiam começar por pedir explicações ao seu próprio partido que foi quem viabilizou a destruição que o PS tem feito do SNS. Por muitos teatros que façam, não se ilibam de ser cúmplices do estado da Saúdo em Portugal. O Cocó, o Ranheta e o Facada que nos poupem aos teatrinhos de indignação e ganhem alguma vergonha. 

 
PS: Ontem a CDU também juntou uns presidentes de junta mais uns quantos gatos pingados para se irem  manifestar para a frente do hospital S.Bernardo. A falta de noção é endémica em Setúbal. 

O primeiro-ministro anunciou há uns dias a criação de um mecanismo de verificação de possíveis governantes. 
O "mecanismo", reveleram hoje, trata-se nada mais nada menos do que, o preenchimento de um questionário e a assinatura de uma decalração de compromisso de honra em como estão a responder com honestidade ao questionário. 

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Isto revela-nos algumas coisas levanta outras tantas dúvidas: 

As questões que estão presentes no questionário não eram já feitas aos candidatos a governantes? Como é que isso era possível?
Quando a Secretária de Estado da Agricultura se demitiu em 24 horas, muita gente se questionou se António Costa e a sua equipa de castings (será que existe ?) apenas confiavam na palavra das pessoas e pronto. Tendo em conta o conteúdo do questionário hoje aprovado e publicado, fica a ideia de que nem sequer questionavam os visados sobre possíveis questões legais que pudessem por em causa o seu trabalho, a sua permanência no cargo e a estabilidade necessária ao regular funcionamento do ministério em que esperam ser inseridos. 

Recordo-me que o ministro Azeredo Lopes dizia que tinha adquirido conhecimentos para o lugar de ministro da Defesa, através da visualização de filmes de guerra e policiais. Talvez o Governo deva começar a sugerir alguma séries políticas aos seus membros, é que até nas séries se costumam ver os assessores dos presidentes e dos primeiros-ministros a entrevistarem as pessoas antes de as nomearem para cargos. 

Saindo dos filmes, das séries e voltando à vida real. Parece que para entrar no Governo basta alguém nos querer lá, dizermos que sim e cá vai disto. Quase 50 anos depois do 25 de abril, ou seja, quase 50 anos de Governos democraticamente eleitos, e nunca se tinha preparado uma avaliação a candidatos a governantes? Nem sequer assinavam um qualquer compromisso de honra em como não eram uns aldrabões de primeira? 

Quantos de nós já tivemos de assinar uma declaração dessas para a mais mísera e simples das ações burocráticas? Na segurança social, nas finanças, nos notários, no IMT... E para se mandar no país não era preciso nada de nada? 

Só ao fim de quase 50 anos se lembram de que se secalhar era boa ideia, no mínimo, colocar as pessoas a responder a um questionário sobre a sua conduta? 
E ao fim de quase 50 anos, temos um primeiro-ministro a chamar a isto "mecanismo de veificação" ? Não é um mecanismo de absolutamente nada, é um formulário patético para nos atirar areia para os olhos. 
E é absolutamente vergonhoso, primeiro que só decidam fingir que vão verificar alguma coisa porque os casos já estavam a dar demasiado nas vistas, segundo que nos colem um rótulo de tontos ao anunciarem esta medida infantil. 

Os serviços de inteligência não fazem realmente uma verificação de quem são as pessoas que vão tutelar as nossas finanças? O nosso sistema de pensões? A nossa educação? 
Será que um dia temos um espião estrangeiro como ministro e ninguém dá conta? 

A falta de rigor e de seriedade com que se encara o exercício da governação em Portugal, não cessa de me surpreender. 



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Numa fase tremida do Governo, com muitos casos e demissões, em que a Oposição tenta agitar a bandeira do "normal funcionamento das instituições" ao Presidente da República, António Costa faz uma escolha demasiado estranha. 

Selecionar um dos mais indignos titulares de pasta governamental para uma promoção a ministro, é caricato e só pode ser interpretado como uma forma de demonstrar desprezo pelo que a Oposição acha ou deixa de achar mas também pelo objetivo pelo qual diziam precisar de uma maioria absoluta: estabilidade política. 

Já por algumas vezes abordei aqui este personagem político do Partido Socialista, e por isos volto a deixar aqui os links para que recordem comigo o porquê de já ter gerado indignação a nomeação de Galamba para Secretário de Estado quanto mais para ministro: 

Galambing, a arte da Soberba

O que tem João Galamba para ser tão protegido?



PS: Feliz Ano Novo!

André Martins e o seu executivo CDU, em Setúbal, insistem em propagandear uma mentira dissimulada, para ficarem bem na fotografia. 

Em novembro anunciaram algumas medidas de combate à inflação, onde constava uma muito interessante: 

 "é com muita satisfação que hoje podemos anunciar que decidimos injetar na economia, em especial na local, ainda antes do final deste ano, mais nove milhões de euros. "

Esta semana voltaram à carga, através do jornal municipal, pago pelos contribuintes, a anunciar que injetaram os tais nove milhões de euros. O problema disto? É que não é verdade. A Câmara não está, num gesto de solidariedade a injetar 9 milhões de euros na economia local para combater a inflação. 

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Aliás, convido o leitor a refletir dois segundo acerca da frase. Como é que se chega ao valor de nove milhões de euros? Calcularam quanto necessitava a economia local? É o máximo que podem "injetar"? O mínimo? Calcularam partindo do princípio que os vão distribuir igualmente como postula o comunismo ou equitativamente como postularia o bom-senso em caso de redistribuição? 

Nada disto é respondido no comunicado nem em qualquer outro veículo de propaganda da CDU em Setúbal porque não estão a injetar absolutamente nada. Passando o título da "novidade" que nos deram em novembro, avançamos para as pequenas letras, e lá pelo meio conta a verdade da mentira: 

"Esta verba vai ser canalizada para o pagamento de faturas em atraso a empresas prestadoras de serviços à autarquia e para a regularização de apoios ao movimento associativo que se encontravam prometidos até ao final deste ano."

Em suma, a Câmara vai pagar o que deve a fornecedores e o que deve a quem prometeu que pagava este ano. Pelos vistos são necessárias mais crises económicas para que os fornecedores tenham as suas faturas liquidadas mais rapidamente. 

Fica exatamente essa questão: se podiam pagar as faturas porque é que deixam o pagamento em atraso? Quem é que avalia o impacto na economia local, do atraso no pagamento de faturas? Tem a Câmara Municipal de Setúbal cara para estar a anunciar com pompa e circunstância um pagamento de dívidas, como se fosse um apoio? O tempo todo em que prejudicaram os fornecedores ao não lhes pagarem não gera suficientemente vergonha para que se contenham nestas tolices de anunciar uma "injeção de 9 milhões de euros na economia local"?

Ficam as dúvidas, mas sobretudo espero que os setubalenses tenham conhecimento destes factos e não sejam enganados nestas tentativas de nos atirarem areia para a cara. 

O que tanto já vinha ameaçando aconteceu: Vladimir Putin, líder incontestável (ditador) da Rússia, iniciou a ofensiva assumida à Ucrânia. 
Ofensiva assumida, sim. Pois já tinha a Ucrânia cercada há algum tempo

Os pretextos: primeiro Putin justificou este cerco, esta ameaça com a presença de milhares de militares na fronteira, com a possibilidade da Ucrânia vir a aderir à NATO. 

Agora as coisas mudaram: depois de várias reuniões com líderes mundiais, cada vez foi ficando mais claro que a Rússia já tinha tomado a sua decisao há algum tempo independentemente da NATO. Como anunciavam,  tanto o presidente dos EUA como o primeiro-ministro do Reino Unido há dias.

A nova opção estratégica da Rússia tomada na segunda-feira, que por acaso foi mencionada no domingo por Paulo Portas na TVI, foi de reconhecer a independência de duas regiões ditas separatistas da Ucrânia. Isto para poderem receber um pedido "oficial" de ajuda destas duas regiões à Rússia, legitimando uma entrada em território ucraniano. Uma Crimeia 2.0 . 

Mas porquê agora?

É claro que os motivos deste tipo de decisões são sempre difíceis de apurar, para o comum mortal que não tem acesso a informação confidencial ainda para mais de um país tão longínquo. 
No entanto podemos sempre tentar ligar alguns pontos. 

A Rússia já não é a potência dominantes de outrora, já não se compara ao estatuto que teve a antiga URSS. Ainda que Putin continue a querer assumir esse papel, não o tem. 

A nova "URSS" é declaradamente a China, que tem de forma subreptiliana, pondo em ação um plano de infiltração em quase todos os países do planeta, seja através de dinheiro, infraestruturas, presença militar ou espionagem. 

É a China que quer substituir os EUA e não a Rússia. Então porque é que a Rússia está tão confiante neste medir de forças com a NATO? 

Talvez isto tenha alguma responsabilidade: 

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No último encontro entre Vladimir Putin e Xi Jiping, que não decorreu assim há tanto tempo, os líderes pronunciaram-se pela cooperação entre ambos os países, dizendo que a sua cooperação e aliança não tem limites e que se apresentam contra a NATO e os Estados Unidos da América. 

Por outras palavras, Putin está com as costas quentes. Resta saber se o que faz na Ucrânia o faz apenas por esse motivo ou se as costas quentes são na verdade por ter um picador por trás, que pretende lançar o caos na Europa, avaliar o poderio militar dos outros e testar o seu. 

A China já é líder mundial tanto no número de efetivos no exército como na tecnologia, e especificamente na inteligência artificial. Porém nunca teve oportunidade de se testar. O acordo de cooperação com a Rússia poderá ajudar nesse sentido. 

Esta possível guerra Ucrânia vs Rússia tem tudo para ser bastante proveitosa para os chineses. Aguardemos para perceber o que farão os líderes europeus e americano, para preservar a continuidade da paz na Europa sem deixar que a invasão da Ucrânia passe em branco.  

A plataforma Esqrever, à semelhança do que elaborou em 2019 e que eu nao sabia que o tinha feito, publicou uma "análise" às propostas dos vários partidos, chamada "Legislativas 2022: O arco íris também vota".

Segundo o redator Diogo Pereira, o critério é simples "quanto mais e melhores medidas tiver o programa do partido, mais arco-íris ganha. Se tiver medidas discriminatórias e desinformação leva uma nuvem cinzenta. ".
Não sabemos que critério adopta o Diogo, para sentenciar uma medida como melhor nem como discriminatória, sabemos apenas que uns vão levar arco-íris e outros nuvens consoante o que ele achar.

Como devem estar a prever, quem ganhou mais arco-íris foram os partidos de esquerda. E digo que estão a prever porque infelizmente, relativamente a este tema, o senso-comum já está tão manipulado que se assume sempre à partida que à Esquerda estão as pessoas que respeitam a diferença e à Direita os que a discrimam e maltratam. Nada mais errado, mas é o que temos.

Assim sendo, o ranking ficou assim:

1º - BE
2º - PAN
3º - Livre
4º - PS
5º - CDU

a partir daqui já nenhum partido teve arco-íris. IL, PSD E CH não tiveram nada, o CDS teve uma nuvem negra sendo até acusado de "queerfobia".

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Não me irei alongar muito sobre esta avaliação, venho apenas escrever que infelizmente o que chamam de comunidade de pessoas LGBTQI+ , são pessoas que estão a ser instrumentalizadas através de uma política mais impulsionada por uns partidos do que outros, nos quais se destaca o BE, que as faz acreditar que as suas principais características, que as definem enquanto ser humano, são coisas como o género, a preferência sexual e noutros casos a etnia.

A Esqrever aqui, tal como em 2019, "pontua" positivamente esta atitude, para que se subentenda, propositadamente ou não, que as pessoas LGBTQI+, só têm propostas nestes partidos. Incentivando a que se desliguem de todo o seu papel na sociedade e que afunilem a sua atenção para propostas muitas delas meramente redundantes e sem significado prático.

Os restantes partidos, como não alinham na atribuição de um valor empolado ao genero e à preferência sexual de cada um, como tomam as pessoas por pessoas, levam uma recriminação. Porque propostas sobre finanças, economia, ambiente ou educação não são propostas para pessoas LGBTQI+ . Faz sentido, não faz?

 



Por último deixo uma citação do psicólogo Jordan Peterson acerca do tema, que me parece resumir bem o problema deste tipo de abordagem:

(...)Your identity is not the clothes you wear, or the fashionable sexual preference or behaviour you adopt and flaunt, or the causes driving your activism, or your moral outrage at ideas that differ from yours: properly understood, it’s a set of complex compromises between the individual and society as to how the former and the latter might mutually support one another in a sustainable, long-term manner. It’s nothing to alter lightly, as such compromise is very difficult to attain, constituting as it does the essence of civilization itself, which took eons to establish, and understanding, as we should, that the alternative to the adoption of socially-acceptable roles is conflict — plain, simple and continual, as well as simultaneously psychological and social.

The continually expanded plethora of “identities” recently constructed and provided with legal status thus consist of empty terms which (1) do not provide those who claim them with any real social role or direction; (2) confuse all who must deal with the narcissism of the claimant, as the only rule that can exist in the absence of painstakingly, voluntarily and mutually negotiated social role is “it’s morally wrong to say or do anything that hurts my feelings”; (...)



Tradução:

"(...)A sua identidade não são as roupas que veste, nem a preferência sexual ou comportamento elegante que adota e exibe, ou as causas que impulsionam o seu ativismo, ou a sua indignação moral com ideias que diferem das suas: devidamente compreendidas, é um conjunto de compromissos complexos entre o indivíduo e a sociedade sobre como o primeiro e o segundo podem apoiar-se mutuamente numa sustentável, maneira a longo prazo.
Não é nada que altere de ânimo leve, pois tal compromisso é muito difícil de alcançar, constituindo como faz a essência da própria civilização, que demorou a estabelecer, e compreender, como deveríamos, que a alternativa à adoção de papéis socialmente aceitáveis é o conflito simples, simples e contínuo, bem como simultaneamente psicológico e social.
A pletora continuamente alargada de "identidades" recentemente construídas e dotados de estatuto jurídico consiste, portanto, em termos vazios que (1) não conferem àqueles que as reclamam qualquer papel ou direção social real; (2) confundir todos os que têm de lidar com o narcisismo do requerente, pois a única regra que pode existir na ausência de um papel social meticuloso, voluntariamente e mutuamente negociado é moralmente errado dizer ou fazer qualquer coisa que magoe os meus sentimentos (...)"
 
 
 
 
 
 

Os socialistas são do pior, têm destruído o país e permitido um lastro de corrupção. Por estes e outros motivos, é necessário afastar o PS do poder o mais rapidamente possível.
O PSD é o PS-2, por isso não merece a confiança dos portugueses. Dito isto, estou disponível para integrar um Governo do PSD, se tiver 4 ministérios. Porque o PSD é o PS-2, e o PS é terrível.

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Não, não estou maluco. Estou a resumir a lógica com que André Ventura nos brindou na última semana e meia. É líder partidário mais fléxivel alguma vez ja visto. Ou mais troca-tintas. Diria até que deve ser o líder que mais toma por parvos os seus eleitores.
O presidente do Chega! diz tudo e o seu contrário, várias vezes, sem que ninguém o confronte com isso. Aí, a culpa é de uma comunicação social que, como já natural, se demonstra amadora quando tem de escrutinar políticos. Findo o Congresso do partido de Ventura, e correram imediatamente a morder todos os iscos que ele lançou: por exemplo, falar em "Deus, Pátria, Família e Trabalho" para a seguir dizer que representa Sá Carneiro ou lançar para o ar a ideia de que há um deputado do CDS que poderia vir a migrar para o CH. Os jornalistas lambuzaram-se com estas declarações e esqueceram-se e fazer o seu trabalho.

Só é lamentável que, por inércia do PSD, CDS e IL, a caricatura da direita esteja a tomar forma de real representação. Será prejudicial que futuramente, nem à direita nem à esquerda, exista seriedade e atitude reformista.

Na outra ponta do espectro, o irmão gémeo do CH, tambem teve mais um clássico momento em que revelou aquilo que é. Um projecto que assenta na infantilização do eleitorado, com vista à polarização. Por outras palavras,  "o que defendemos tem objetivo de melhorar a tua vida, o que os outros defendem tem o objetivo de prejudicar a tua vida".

Os "Jovens do Bloco" brindaram-nos com uns belíssimos panfletos, de layout igual aos da Iniciativa Liberal, ao quais tiro o chapéu pelo esforço, mas que unicamente tinham como mensagem dizer que a IL vinha aí para nos fazer mal.
Não se pode esperar muito de um partido trotskista, que vê nos projetos alternativos um alvo a abater (literalmente), no entanto confesso que ainda me surpreenderam, talvez porque já não faziam uma destas desde o tempo da troika, em que queriam que acreditássemos que o Passos Coelho se levantava de manhã e bebia um cocktail com o sangue das nossas carteiras.

"Slogans coloridos, promessas de amor ao "mérito" e ódio à esquerda. Os liberais vestem-se de novo com ideias velhas. O seu programa encontra-se na IL, CH e direita tradicional. Não querem saber do teu emprego, da tua vida, do mundo em que vivemos.Os liberais declararam-te guerra." - a descrição que juntam à divulgação nas redes sociais, dos seus magníficos panfletos.

 

O cúmulo dos cúmulos, é mesmo dizerem que os liberais são "os melhores amigos dos ditadores". Tal como no Chega, o Bloco também quer passar atestados de estupidez aos portugueses. Felizmente está bem documentado o apoio dos militantes do Bloco de Esquerda a ditadores e a ditaduras, ou não fosse este um partido comunista.
Produzir panfletos para pura difamação e tentativa de degradação de imagem de outros partidos é um degrau importantíssimo rumo à lama política. São estes senhores que depois fingem ser contra a polarização da política, atribuindo-a à postura dos partidos da direita.


Foram estes os flagrantes momentos de política rasteira que pudemos observar só nesta última semana e meia, por parte dos nosso dois partidos mais rasteiros (desculpem a repetição) em atividade.

Quem não se revê nesta forma de exercer a política, no reduzir daquela que devia ser uma atividade nobre,à ofensa gratuita e à mentira, tem um papel a desempenhar. Esse papel passa por não ceder, por muito tentador e fácil que seja agir desta forma, a este nível baixo de política. Passa por exigir dos partidos a maturidade e a postura institucionalista que devem ter. Que apresentem propostas e que andem na rua sim, mas para nos ouvir. Exigir que não deixem o país enredar-se num lamaçal improdutivo. Que se foquem em não atrapalhar a vida a quem quer produzir e procurar a sua felicidade em Portugal.



Os partidos alicerce do Governo do Partido Socialista, percebendo a sua trajetória descendente de eleição em eleição, desde que aceitaram integrar a Geringonça, bater com a mão na mesa.

Só que nota-se à distância que o fazem apenas porque acham que desse modo recuperam a credibilidade e a "utilidade" que alguns eleitores lhes reconheciam. Eleitores esses que têm migrado para o PS, como seria de esperar neste "abraço de urso". O PCP e o BE sempre serviram para que os eleitores de esquerda pudessem ter escolha entre a esquerda do sistema (PS) e a esquerda "pura", revolucionária, de protesto contra a direita e às vezes contra a esquerda do sistema.

Essa função dissipou-se quando as esquerdas acordaram em apoiar-se. Para quê votar Bloco ou PCP se agora são parceiros do Governo socialista? Porque não votar PS se até já o Bloco e o PCP lhes reconhecem méritos ao ponto de os ajudarem?
O PS tornou-se assim o partido presidente da Federação das Esquerdas. O partido mais sensato, que leva realmente à letra "a união faz a força" e por isso diz publicamente que só quer conversar com a esquerda. Foi assim que o Partido Socialista se voltou a erguer e conseguiu conquistar eleitorado muito mais à esquerda do que o habitual. Consolidou-se no coração de socialistas, comunistas e simpatizantes.

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6 anos depois, há consequências a retirar. Toda a gente acha que quaisquer eleições estão no papo para o PS de António Costa. Enquanto os seus parceiros começam a ter dificuldades até onde estavam mais confortáveis, como aconteceu com o PCP nas Autárquicas.
Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, sem quererem, colocaram-se num beco sem saída: prosseguindo a parceria com o PS, vão emagrecer muito eleitoralmente. Rompendo, como parece que vai acontecer com este chumbo Orçamento de Estado, vão ficar com o ónus de destruição das pontes que uniam a esquerda.

Pensam agora, os dirigentes bloquista e comunista, que ainda vão a tempo de recuperar o que queimaram, queimando-se ainda mais. Optaram por se juntar à direita no voto contra, cometendo um acto que será interpretado por muitos como traição para com a esquerda. Abandonaram o PS que mais lhes deu espaço para influenciarem as políticas nacionais de sempre, porque acham que vão voltar a ganhar os pontos do tempo em que eram apenas partidos de protesto.

O Partido Socialista vai continuar a cimentar a sua posição de único partido em que vale a pena votar à esquerda. Isto porque fica para a história que lutaram pela existência de um entendimento alargado de esquerda, que permitisse evitar pelo máximo tempo possível o regresso da direita, e esse entendimento só não continuou porque Bloco e Partido Comunista não estiveram à altura da responsabilidade.

Nas próximas eleições, o único partido que vai poder utilizar o argumento de "senão votarem em nós terão que levar com a Direita" com eficácia, é o PS, que tem caminho aberto para fazer de calimero e pode agora dizer que é mesmo melhor que o eleitorado de esquerda lhes confira uma maioria, pois com o PCP e o Bloco não se pode contar.

Não é por acaso que o primeiro-ministro não se cansa de dizer que não lhe interessa um bloco central, não lhe interessa conversar com o PSD nem com ninguém para lá do PSD. Ele quer uma clara fronteira entre esquerda e direita, porque sabe que está a ficar com o monopólio dos votos da Esquerda. António Costa sugou a vida dos seus parceiros de Geringonça e não tem intenção de parar.


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Mais uma greve climática à sexta-feira. Mais uma volta no carrossel da manipulação de miúdos.

Continuam a encher os jovens de ideais alienados da realidade - "o capitalismo não é verde", "combate às alterações climáticas", "tudo deve mudar menos o clima" (novo da JS).

Os partidos e partidários de esquerda prosseguem o seu objetivo de cultivar em mentes pouco experimentadas, ideias que lhes são bastante favoráveis mas que em nada ajudam a resolver as questões ambientais que se apresentam.

"o capitalismo não é verde" é das patranhas mais tontas e no entanto das que melhor colam. É nos países de cariz capitalista que se criam as soluções para os pequenos, médios e grandes problemas das pessoas. O ambiente não é exceção. Aliás, o objetivo de qualquer capitalista é conseguir tirar o máximo proveito, com mínimo gasto de recursos. Os capitalistas são os mais interessados em encontrar alternativas à exploração de recursos finitos.

Só em ambiente competitivo, próprio de economias de mercado, é que se geram possibilidades de investimento em novas ideias, novas experiências, em suma, em inovação. Só da inovação se ultrapassam obstáculos que à partida parecem não ter resolução. A opção não passa por parar ou voltar para trás, mas sim por encontrar formas de seguir em frente.


A conversa do "combate às alterações climáticas" ainda mais ignobilmente traduzido no slogan da "cimeira do clima" da Juvente Socialista - Tudo deve mudar menos o clima - começa a ser ridiculamente infantil.
Não vai haver nenhum acordo mundial, que permita reverter as alterações climáticas antropogénicas. O que se deve começar a fazer, caso se queira ser sério no assunto, é em tentar corrigir o que é possível corrigir e trabalhar num modelo realista de adaptação às alterações climáticas.

Infelizmente, a maioria das pessoas anda embriagada na ilusão de uma adolescente abastada, que as convenceu de que a solução é tão simples quanto desligar um interruptor. Basta que os governantes de todos os países queiram e o planeta fica salvo. Basta que mandem parar as indústrias, proibam plásticos, ponham toda a gente a andar de bicicleta e pronto, assunto encerrado.

O mundo é assim, visto pelos olhos dos adolescentes. Há quem se aproveite da sua inocência e há quem se esqueça de que não é suposto governar com base em fantasias juvenis.

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