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The Pólis

...e obviamente que o Alexandre Poço corre para acompanhar o aparelho. Pouco distingue a JSD da JS nos dias que correm. 

O PSD escolherá em breve o seu presidente. A escolha provavelmente recairá em Luis Montenegro, pois os grandes partidos têm esta tendência muy apreciável de falar em mérito mas ignorarem por completo o percurso profissional ou académico dos seus líderes. 

No entanto, os jovens poderiam dar um sinal diferente, assinalando também que há esperança para o sistema político português. Havendo um candidato com um currículo muitíssimo mais relevante (Jorge Moreira da Silva), e estando os jovens constantemente a queixar-se de que são a geração mais bem preparada de sempre mas que ninguém os valoriza por isso, acaba a ser estranho a opção por Montenegro. 

 

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Ontem fomos presenteados com A CARTA DE ALEXANDRE .
Nada mais é que um artigo de opinião, escrito pelo presidente da JSD, em que defende uma coligação a três para as Autárquicas que aí vêm. A proposta do petiz passa por PSD, CDS e IL se organizarem em conjunto, num acordo autárquico pré-eleitoral, para, diz ele, "oferecer uma alternativa moderada aos portugueses".

Ignorado o facto de o PSD provavelmente temer outro trambolhão autárquico, pois começam a notar que o partido não está a inspirar ou motivar ninguém para nada, e colocando de parte que a Iniciativa Liberal seria o maior beneficiário desta proposta, há algo de profundamente incoerente nesta carta e que me incomoda.

Então o Alexandre, que há bem pouco tempo deu uma entrevista em que disse taxativamente que não se podia colocar de parte um entendimento com o Chega! , fazendo eco do que Rui Rio disse, vem agora escrever um texto dizendo vivemos num ambiente em que " prevalece quem grita mais alto ou quem insulta com mais intensidade os adversários" e que "não podemos permitir que o extremismo se torne mainstream" ?

O que será que o Alexandre Poço achava que estava a fazer, quando deu continuidade ao discurso de entendimento com o Chega!? Que estava a combater o extremismo? Iam convidar o André Ventura para uma reunião na São Caetano e amordaçá-lo na cave?

Esta carta só me vem aumentar as suspeitas quanto ao quão Francisco Assis pode estar certo, quando diz que Rui Rio está a fermentar um plano Geringonça de Direita (PSD+CDS+CH+IL), porque isso explicaria, por exemplo, esta bipolaridade do deputado Alexandre. Ou isso, ou o rapaz é apenas tonto.

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Desde a saída de Passos Coelho que o PSD foi invadido por desconhecidos, afetos a Rui Rio, tornando um partido onde outrora se reconheciam vários potenciais futuros líderes, numa organização partidária de amigos do líder, onde que recorrentemente tem necessidade de "bater" nos oposicionistas. Este é um pequeníssimo resumo, visto de fora, do alegado maior partido da oposição.

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Já quanto à sua juventude partidária, o calvário tem sido muito mais longo.  A JSD tornou-se numa juventude partidária irrelevante, de lideranças medíocres que apenas procuram cimentar o seu lugar no parlamento. A que considero mais inócua, nos tempos mais recentes, é a de Cristovão Simão Ribeiro (quem é esse, devem estar a perguntar), cujo ponto mais mediático da sua liderança foi o adiantamento das eleições na JSD para que ainda pudesse concorrer a mais um mandato antes de perfazer os 30 anos de idade. De seguida veio Margarida Balseio Lopes, que no mês passado disse sair com um sentido de dever cumprido, apesar de não se perceber muito bem em quê.

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Com a saída da deputada Margarida, aparece então o deputado Alexandre Poço. Este jovem que aparenta tudo menos juventude, tem conseguido bastante mediatismo no último mês. Aquando das votações para o fim dos debates qunizenais, recebeu toda uma avalanche de elogios por ter sido um dos poucos deputados do PSD a votar contra. Aí, leram-se bela toadas de como este representava o futuro e a esperança do partido laranja. O então declarado candidato à liderança da JSD, saltou assim para a ribalta fazendo algumas manchetes.

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Infelizmente, esse foi o último ato elogiável de Alexandre, O Poço. Desde a sua eleição, o recém eleito líder da juventude social democrata tem-nos presenciado com belíssimos tiros no pé - vamos acreditar que são erros e não escolhas ponderadas.


O primeiro, o lançamento de um concurso para renovar a sua imagem. Este concurso, é direccionado, segundo o texto da JSD, para jovens designers e tem como objetivo alertar para as dificuldades dos jovens na procura de emprego.


A JSD irá então receber propostas de alteração da sua imagem até uma determinada data, escolhe a que mais gosta e entregará um prémio de 1500€ ao vencedor.
Agora trocado por miúdos: Uma juventude partidária quer alertar para as dificuldades dos jovens em movimentarem-se no mercado de trabalho, lançando um concurso onde pede um trabalho especializado a vários jovens, para depois pagar a apenas um, que recebido o pagamento, afloreado de "prémio", pode muito bem continuar desempregado e seguir a sua vida.


Um dos estratagemas mais utilizados pelas empresas para se aproveitarem dos jovens, é repetido por uma organização que se diz defensora dos interesses dos jovens. A JSD promove uma estratégia de precariedade, para alertar para a precariedade. Mais caricato e confrangedor : a campanha que lançaram no Dia Internacional da Juventude com posts ilustrados por frases que representam situações comuns de precariedade jovem. Ou há muita falta de noção na JSD ou muito descaramento.
Claro que esta situação foi notada por várias pessoas, entre as quais os responsáveis pela plataforma de denúncias de abusos laborais, "TENHAM VERGONHA", que denunciou de imediato na sua página esta situação, enquadrando-a num caso de trabalho especulativo. A resposta da JSD? nenhuma. As perguntas dos jornalistas? Zero.

A segunda bigorna que lhe cai no pé (a ele ou a nós?), trata-se de parte de uma entrevista que concedeu à Revista Visão. Alexandre, um jovem, a "esperança" do PSD, que parecia demonstrar alguma irreverência positiva, com a recusa em aprovar a tonta medida de reduzir os debates quinzenais, faz um frete tremendo a Rui Rio e demonstra toda a cobardia perante as sondagens.


Na entrevista, quando questionado sobre uma possível relação com o Chega, o líder da JSD, acaba por, muito atabalhoadamente dizer o mesmo que Rui Rio. Refere que não pode colocar de parte o Chega, tendo em contra as sondagens, justifica que o PS também fez acordos com a extrema esquerda e logo de seguida diz que não se está a justificar nem a arranjar uma desculpa para essa nova intenção de relacionamento com partido de Ventura.

Quando menos se esperava, temos um jovem a prontificar-se para validar e dar entrada à extrem-direita no arco da governação. Mas claro, só e apenas se não ultrapassarem "linhas vermelhas". São estes os modelos que os jovens portugueses podem encontrar no PSD. Alexandre Poço demonstra ter a capacidade de percepção das preocupações juvenis de um seixo, e já vem deixando bem claro que com ele não contamos para nada além do mesmo.

A JSD continua nas ruas da irrelevância política e social, fortalecendo a sua posição, a par com a Juventude Socialista, de centro de emprego para caciques.

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