O deputado Luís Monteiro, do Bloco de Esquerda, foi acusado nas redes sociais pela sua ex-namorada, de violência doméstica.
O desabafo da rapariga no Twitter tomou proporções inesperadas para muitos quando o tema passou para a comunicação social.
O deputado que tinha anunciado a candidatura à Câmara Municipal de Gaia, desistiu dessa mesma candidatura por considerar que poderia prejudicar o partido e enviou um infeliz comunicado, onde diz ser ele a vítima.
Porque é que não desistiu também do lugar de deputado? Não sab€mos...
Mas acabou por cair no clichê, que é tantas vezes referido por militantes do Bloco, de todos os agressores: descredibilizou a alegada vítima.
Mais surpreendente, o silêncio do partido, e a postura de Catarina Martins. A líder bloquista andou anos a querer apoderar-se do tema, dizendo ser uma bandeira do partido. Fazia apelos para não se ignorarem os sinais, para se fazer queixa, mas quando confrontada com o caso de Luís Monteiro, usou da figura da presunção de inocência. Para a Catarina não devemos ignorar os sinais, a não ser que esses sinais firam os interesses do seu partido.
Fosse toda esta situação num partido de direita e o escândalo que não seria. Assim, como são os "bonzinhos" do Bloco, o assunto muito pouco ou nada tem sido escrutinado.
Só há #MeToo ou #NemMaisUma quando os agressores não são de esquerda.