O primeiro-ministro finalmente já assume a possibilidade de baixar o IVA nos bens alimentares essenciais. Pena que estejamos na fase de "possibilidade", pois o tema já não é novo.
Fernando Medina tinha recusado por completo esta medida em outubro do ano passado, 5 meses depois o primeiro-ministro veio dar a nota de que afinal o ministro das finanças estava errado. Afinal, tal como N instituições especializadas em nutrição, consumo, estudos sociais disseram que a medida era elementar para começar a implementar um alívio nos mais pobres, afinal o Governo lá pensou que secalhar tinham razão.
Não deixa também de ser curioso que o primeiro partido político a propor a medida, tenha sido um partido que não está no Parlamento, o CDS-PP. Leva-nos a pensar se foi uma boa troca que fizeram no Parlamento se a Direita que lá está não faz Oposição nem tem a iniciativa de levar propostas para o combate à pobreza.
Voltando à teimosia do Governo em não baixar o IVA até agora, há que ter a noção do quão ofensiva essa teimosia é tendo em conta o estado deste país. Falamos de um país que nos cobra cada vez mais taxas e impostos e em troca oferece-nos serviços cada vez mais degradados.
O mínimo que podiam fazer agora era ter a noção de que devem levantar um pouco a bota do nosso pescoço, e deixar-nos respirar um pouco. Um Governo sério não se ficaria pelo IVA, diminuiria também impostos sobre o rendimento, porque se já não é justo que um homem trabalhe o mês inteiro e no final tenha de dividir o que ganhou com o Estado, ainda menos o é no momento atual.Um Governo sério sabe que não pode controlar preços, mas pode retirar o seu peso de cima da economia, de cima das pesssoas, de cima das empresas.
Infelizmente não temos tido um Governo sério, temos tido um Governo que pretende apenas governar a sua manutenção no poder. Um Governo cuja plano estratégico para o futuro do país é "o que vier a seguir que feche a porta".