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The Pólis

 

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Muito se tem teclado e falado acerca da suposta polémica série de animação "Destemidas".
Houve quem ficasse muito ofendido e quem se apressasse a fazer a sua acérrima defesa.

Com o que vou lendo, destaco 2 coisas:

- Ninguém sabe o que faz um Provedor do Telespetador e há quem se aproveite disso para escrever umas tangas.
- Os comandos remotos das Tv´s devem servir, em algumas casas, apenas como elemento decorativo. Senão, certamente ninguém perdia tempo a embirrar com uma série.

Penso que pode ser útil, a leitura dos estatutos do Provedor (aqui) para se perceber as suas limitações, e talvez também o comunicado da RTP 2 (aqui) para dissipação de dúvidas sobre o que realmente aconteceu.

Direitas há muitas

Mas nem todas potáveis

O lado direito do parlamento tornou-se mais concorrido e "apertado" que nunca. Passou a contar com mais dois partidos (IL e CH) que passaram a ser vizinhos do CDS.
Mas desde o ínicio da legislatura, que todos eles têm tido registos muito diferentes. Isto, contando com o PSD - não por ser de direita, mas porque é onde direita envergonhada sempre gostou de votar. Com o inevitável devir, observando a atuação de cada um, podemos projetar com que direita se pode contar.

Partindo do princípio de que a estabilidade democrática necessária para o bom e "regular" funcionamento das instituições (não estou a falar de manutenção de vícios nem perpetuação dos erros de sempre), é feito e asegurado por forças políticas moderadas, sensatas disponíveis para o consenso mas com a coragem assertiva de apontar o erro, confrontando-o com soluções, atualmente temos de excluir dois dos quatro partidos que compõem a opção de voto do eleitor de Direita.

O PSD, liderado por Rui Rio, já deu a entender por várias vezes que não quer nada com este espectro político. Não quer conotações com a direita, não quer reformar nem incomodar mais que o que chegue para fazer uma notícia banal de telejornal. Aliás, ainda ontem tivemos (mais) um exemplo disso: São contra a ida de Mário Centeno para o cargo de Governador do Banco de Portugal, no entanto não farão nada para o impedir. Recusam-se a aprovar leis "ad hominem", e dizem-no achando que a patranha passa. Não é isso que impede o PSD de participar na elaboração da lei que poderia impedir a ida de Mário Centeno pata o Bdp. É o comprometimento que o partido tem, com escolhas anteriores, em que também já teria politizado o cargo, especialmente quando reconduziu "à força" Carlos Costa, pouco antes das famosas eleições da Geringonça. Outro motivo é a esperança que o PSD tem de voltar a ser Governo, e como tal não lhe convém a aprovação deste género de leis, reformistas e que melhorariam o funcionamento futuro das instituições.
De resto, Rui Rio não se tem poupado esforços a dizer que é um homem de esquerda, que o partido é de esquerda e que claramente apenas pretende dar a ideia de que o PSD é um PS 2, e que caso se enjoem do cor-de-rosa, podem tê-lo em laranja.

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O Chega! também não constitui qualquer opção viável de futuro para Portugal. É um partido criado pelo ex-militante do PSD que, astuto, aproveitou uma moda política internacional ( populismo de direita) e importou o conceito para Portugal, onde este estava muito mal franchisado através do PNR. Com uma máquina de propaganda eficaz, alguns investidores motivados, tem conseguido imensa notoriedade e projecção nas sondagens. No entanto, um país não se constrói com soundbytes, não se reforma com gritos nem se potencia com despiques nas redes sociais. O Chega! é partido de reclame, que vocifera o que vai nas cabeças de quem se irrita em casa quando abre o telejornal. Infelizmente, acho que é unânime, em nenhuma situação da nossa vida, consideramos que falar e agir de cabeça quente ajuda. Esta é uma direita mal enjeitada, que se alimenta de todos os recalques, ódios e preconceitos e tem como núcleo principal da sua existência, ser uma anti-esquerda. Não dando conta que se coloca na posição de ser o seu espelho.

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Ficamos então, por exclusão de partes, com as duas últimas opções que, na minha opinião, são as mais consistentes, coerentes e capazes de representar um futuro para a Direita em Portugal. O PP e a IL.

A IL, apesar de ser uma análise precoce, tem feito um percurso coerente e moderado, encabeçado pelo seu presidente e deputado Cotrim Figueiredo. Aposta no combate ideológico mas com recurso a argumentação sustentada em factos e não em impulsos e emoções. Apresenta soluções que vão ao encontro da sua índole liberal (ainda que não totalemente liberal) e já definiu o seu público alvo: os jovens. Aliás, quem estiver mais atento pode notar que é rara a posição pública do partido que não mencione os jovens. Pode ser fogo de vista, querendo aproveitar o target, ou pode mesmo querer dizer que querem apostar nesta franja da sociedade, com propostas concretas. O tempo o dirá.
Cotrim Figueiredo não caiu na individualização, comum em partido micro, com que Joacine caiu em desgraça ou com que Ventura tem caído em graça. Mantém-se com o destaque q.b. confrontando quem tem de confrontar e perguntando o que tem de perguntar. A mensagem vai passando de forma relativamente eficaz nas redes sociais e em outdoors criativos pelo país. Não se recusam a entrar em campos liderados pela esquerda, como a luta dos direitos lgbt ou a legalização de drogas leves, ainda que coincidam com posições do Bloco de Esquerda, o que não agrada propriamente ao eleitor de Direita conservador ou pouco habituado a este espírito tão liberal. 
Transmitem uma imagem responsável, serena e acima de tudo não socialista.

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Por fim, o CDS-PP, agora presidido por Francisco Rodrigues dos Santos. Este jovem líder, apontado pela Forbes como um dos 30 jovens mais promissores da Europa, deu o salto da Juventude Popular para o a "equipa A". Trouxe consigo muitos dos seus colegas da jota, mas soube conjugar também experiência colocando na sua equipa membros mais experientes e conhecidos do partido. Foi inicialmente conotado com André Ventura, por serem famosos os seus discursos inflamados e as suas posições enquanto líder da JP, acerca por exemplo, do casamento homossexual. A comunicação social não foi meiga com o recém chegado à "política dos graúdos" como diria MST, e começaram por acusá-lo de ter poucas mulheres na comissão executiva, tentando mais uma vez colá-lo a um lugar de machista. Isto num partido, que vinha sendo liderado por uma mulher até então. Também houve o caso de Abel, o polémico centrista bafiento era nitidamente uma nódoa na equipa de FRS e por pressão da comunicação social, saiu.
Passados estes primeiros episódios, o CDS-PP tem mantido uma linha de oposição responsável e moderada. No Parlamento, com as prestações de qualidade especialmente de João Almeida, Cecília Meireles e Telmo Correia, mas também na rua. Francisco R Santos tem levado à letra o mote de Portugal ser o seu escritório, como diria durante a campanha para liderança do partido. Apesar de ser o mais novo, dos líderes à direita, tem-se revelado o mais ponderado nas posições. Tome-se como exemplo a questão do racismo onde, Rui Rio e Ventura tiveram a triste ideia de dizer que não há racismo em Portugal. O líder do CDS-PP não cavalgou a mesma onda, ainda que em setores menos aconselháveis do partido, isso agradasse. Por agora, há um jovem líder que se tenta aproximar do país real. Outra vantagem do PP é que tem quadros que garantem a continuação de boas lideranças - João Almeida não desistiu de querer liderar o partido e Adolfo Mesquita Nunes tem dado claros sinais de se preparar para assumir essa vontade.
Fosse Portugal outro e não tivesse os preconceitos que tem com a Direita, e este seria o partido que naturalmente rivalizaria com o PS, como acontece em países como a Alemanha, Espanha ou Reino Unido.

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Logicamente que estas divagações, são leituras próprias e que não terão, provavelmente, ligação ao que estará por vir politicamente em Portugal, e muito menos ao que a maioria pensa. No entanto, é a visão que tenho.
A Direita em que se pode confiar, no momento em que vivemos, está na Iniciativa Liberal e no CDS-PP. Vivemos tempos de insegurança e incerteza, precisamos de serenidade e responsabilidade. Não de gritaria e show-off ou de mais socialismo.

Blue could be the warmest color.


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As diferenças entre o que o PCP diz e o que o PCP faz quando governa câmaras, devia ser estudada.
Um partido que tem, desde o ínicio das medidas restritivas, promovido situações de ajuntamento como manifestações ou a famigerada festa do Avante! , é o mesmo que na Câmara Municipal de Setúbal decide apostar em campanhas de prevenção que alerta para os perigos dos ajuntamentos.
O vírus só adora ajuntamentos se não forem organizados pelo PCP.

 

Depois de algumas pérolas do deputado Rui Rio, a verberar contra a comunicação social e, mais recentemente, a negar a existência de racismo no nosso Portugal, o seu vice-presidente no partido tangerina, não se quis ficar atrás. Parece que a ponte 25 de abril deveria manter o seu antigo nome, homenageando Salazar. Opiniões são como os chapéus, não é?

Só me intrigo sobre o porquê de André Ventura ter saído do PSD. Afinal podia ter partilhado, tranquilamente, as suas ideias com os companheiros que ia certamente encontrar quem pensasse da mesma forma, em abundância.

Ou isto ou há uma estratégia de Rui Rio - sim eu acredito que ele é capaz de montar uma estratégia - para além daquela em que se tenta confundir com o PS para que as pessoas se enganem e votem nele, de tentar trazer de volta o André.
Mostrando-lhe que na sua antiga casa, há espaço para as suas ideias, talvez achem que ele feche a tenda da sua seita de evangélicos e volte atrás como um bom filho.

"Volta, André. Também não acreditamos em racismo, nem na comunicação social e temos um fraquinho pelo Salazar. Anda, filho."

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Certamente todos nós, se tivermos Facebook, já nos deparámos com grupos com o nome da nossa localidade de residência ou de trabalho.

Grupos onde se vão juntando pessoas da nossa terra, outras nem tanto e ainda há os que planeiam ir para lá viver e acham que o grupo lhes dará alguma informação acerca do que podem encontrar. Há quem resista ao ímpeto de aderir ao grupo, mas o mais comum é entrarmos, nem que seja para "cuscar".
Nestas macro comunidades virtuais, dentro da comunidade virtual do Facebook, encontramos um pouco de tudo, à semelhança da realidade. E isso, por vezes, não é agradável. É por isso que não conhecemos nem nos damos com todas as pessoas da nossa terra, no mundo "real".
Da minha localidade há vários, mas tendo já mudado de cidade, já estive noutros. Faço-o por curiosidade, mas também para saber "do que se fala", tendo consciência de que, como é lógico, nem todos têm facebook e nem todos estão nos grupos: portanto "o que se fala" acaba por ser mais limitado apenas à rede social que outra coisa.
Mas há uma característica que tenho notado, e que é claramente semelhante à tendência no mundo fora da internet. A fuga à política. Há N grupos em que, se na descrição refere que "o grupo serve para a partilha de tudo o que é relativo à localidade X", há sempre uma ressalva : Política aqui, não.

Os administradores dos grupos, concebem com naturalidade que se possa falar de tudo sobre a localidade, excepto política. Como se fosse possível separar as coisas, como se fosse saudável que se o fizesse.
Em outros grupos em que essa indicação prévia não é dada, é comum quando alguém partilha algo relativo a política, ler uns comentários do género "então mas isto é um grupo de propaganda política? os administradores não fazem nada? assim vou sai do grupo". Nunca ninguém contesta este tipo de comentários.
Ou seja, as pessoas querem juntar-se, trocar ideias e informações entre si sobre todo e qualquer assunto da sua cidade/localidade mas... nada que tenha que ver com política. Preferem ignorar, fugir, evitar debater a governação, trocar ideias, saber o que pensam os seus pares relativamente ao que se faz/fez/fará na sua terra a nível político que é como quem diz, ao nível da administração de assuntos que nos tocam a todos.
E eu não consigo entender esta vontade de enfiar a cabeça na areia.

Infelizmente, é um sintoma que sai apenas do local, e se destaca a nível nacional: basta ver os níveis de abstenção, eleição após eleição. Ou estar atento ao que nos rodeia. Ninguém quer conversar de política. Uns porque a acham suja, outros porque se sentem ignorantes no assunto (como se isso fosse possível), outros por medo de conflito ou represálias no seu dia-a-dia. Mas é comum ouvir a recusa, ou o pedir escusa para não tocar no tema.

E isto não apenas em Portugal. Hoje saiu uma notícia, que relata que o Facebook vai criar uma opção para que as pessoas escolham não receber anúncios relativos a política. Ou seja, de toda a panóplia de anúncios que nos aparecem, de cuecas com animais a drones, os que Mark Zuckerberg diz ter "ouvido" que as pessoas mais se queixam, são, alegadamente, os de política. Ofercendo-lhes assim, mais uma hipótese de se alhearem da vida política. Ficando o Facebook a ser cada vez mais, uma rede fechada (recordemos o que o algoritmo faz com as notícias), de entretenimento e conversa de circunstância. E aqui, apesar de reconhecer algum enviesamento, em parte acredito que haja realmente mais gente a queixar-se de propaganda política do que de publicidade a objetos.
No período histórico em que temos mais informação ao nosso alcance, mais possibilidade para a discutir entre nós, maior chance de exigir trabalho aos nossos representantes e facilidade em nos envolvermos na classe representante, se assim o desejarmos, "toda" a gente foge. Evita-se e foge-se da política. Evita-se e foge-se da "coisa pública". Na Grécia Antiga, os cidadãos que não discutiam política, era tidos como inúteis. Mais de um milénio depois, os cidadãos que discutem política são tidos como incovenientes.

Como é que chegámos até aqui? Que tipo de sociedade é esta, que se demite das suas funções básicas de cidadania, tendo em conta que tem a sua vida a ser representada por outros?
Terão os políticos que se tornar (ainda mais) em entertainers, para que nos voltemos a interessar? Queremos ser bem governados ou bem entretidos e enganados? De que fogem as pessoas?

 

 Os últimos dias têm sido muito produtivos no que concerne ao tradicional puxar-a-brasa-a-minha-sardinha-ismo. Com o desenrolar dos acontecimentos nos EUA, também em Portugal, as associações dedicadas a receber subsídios sob o mote do antirracismo, cidadãos independentes mas com dependências e demais preocupados com os problemas raciais que vêem na Netflix, decidiram sair à rua e manifestar-se.

Entre as várias presenças notadas, destacaram-se duas ausências notórias: Catarina Martins e Covid-19. A primeira, não participou porque chamou até si a responsabilidade papal de fazer a benção à varanda. Com outras duas corajosas camaradas, empunhou valentemente uma folha A4 com a palavra "Lives" , e sorriu para outrx camaradx que se depreende que estivesse também na varanda a captar o momento em que as três, com as suas folhas de papel (biólogico?) formavam a frase "Black Lives Matter". Desse modo exerceram o seu direito de puxar a brasa à sua sardinha.

A segunda ausência, pelo menos durante 14 dias dizem, foi da famigerada doença que tem impedido os portugueses de ir a funerais mas que não se sente atraída por pessoas que encham autocarros oferecidos pela Câmara Municipal do Seixal. Ao que parece,o vírus também não é frequentador de manifestações antirracistas, e quem nelas participou assegurou, através da sua máscara, que não o viu por lá. Muito provavelmente é da mesma opinião que o presidente do CHEGA, e do presidente do PSD. "Não há racismo em Portugal" asseguraram os dois. Tivesse-se juntado um outro presidente e teríamos de ouvir e ler "a cópia não chega aos calcanhares do original". Não o disseram desta vez, será preconceito com a cor do partido?

Mas sobre cópias e fotocópias, réplicas e repetições, os nossos anti-capitalistas mais fervorosos, não quiseram mais uma vez deixar que Portugal passasse ao lado do americanismo e, como bons aprendizes, decidiram vandalizar monumentos e estátuas. E nada como riscar uma estátua para se fazer frente aos racistas. Especialmente aos que já morreram. E nada como riscar estátuas para fazer ferver a Direita adormecida, que por esta hora ainda escreve impropérios e promete resistência face a estes perigosos terroristas do património. Mais uma bela sardinhada, que como diria Graça Freitas, não tem problema nenhum, desde que com "distanciamento".

Estado de Não-Racismo

A seguir ao Estado de Emergência e ao Estado de Calamidade, Rui Rio já meio que declarou um outro Es

"Não há racismo em Portugal ", declarou o nosso, alegado, líder da oposição e deputado, Rui Rio.
Se ele o diz, quem são os milhares de pessoas que se manifestaram para discordar?

Anos e anos de conversa sobre o combate às discriminações raciais, quando afinal não havia problema nenhum. O nosso patriota-môr do Reino, assume assim mais uma excelente visão do País. Infelizmente ou não, como o deputado não é do CDS-PP nem da Iniciativa Liberal, ninguém o acusou de se aproximar das posições do Chega. Imagine-se o que seria se, Francisco Rodrigues dos Santos dissesse algo assim - que por acaso, e bem, até disse exatamente o contrário...

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Associações? Junto todas e construo um castelo

Mais uma associação domesticada com sucesso, em Setúbal

Ontem, a Câmara Municipal de Setúbal publicou na sua página oficial de Facebook, mais uma cerimónia de estabelecimento de protocolo, entre a autarquia e uma associação.
Mais uma operação de charme e compra de apoio, bem sucedida. Maria Dores Meira revela-se, mais uma vez, uma belíssima estratega que não deixa para mais tarde o cimentar da CDU nos Paços do Concelho.

E demontra-se, mais uma vez, algo para o qual já tinha questionado num post anterior. Que independência têm estas coletividades, quando as câmaras lá injetam dinheiro, ano após ano? Quando se tornam a principal fonte de receita das associações?

Neste caso, foi a Associação das Coletividades do Concelho de Setúbal, uma associação criada há menos de 4 anos. Já a sua criação, o intuito da mesma, desconfio que tenha sido exatamente para chamar a si o apoio da Câmara: Uma associação que representa as outras associações. Coisas à portuguesa. Mas obviamente que a CDU não podia, como de resto não o faz com nenhuma outra coletividade, deixá-la à deriva, sem que se tornasse em mais um pólo de propaganda à presidente.

É longa a lista das associações que recebem subsídios municipais e das juntas de freguesia. Estes subsídios não são inocentes, são a compra destas coletividades, que deixam de ser independentes e passam, em tudo o que fazem a publicitar a Câmara. Exemplo disso, a imagem da página do São Domingos Futebol Clubes, onde sem qualquer pudor se escreve "Obrigado à Ganda Presidente Maria das Dores Meira!" - claro está, mais uma coletividade que sobrevive graças ao dinheiro que a "ganda presidente" generosamente oferece, para incentivar e apoiar o movimento associativo, obviamente.
Diz muito, não só em Setúbal, do que é o espírito associativo português: juntar um grupo de amigos, dar um nome ao grupo, pedir apoio financeiro à autarquia e organizar um ou outro evento de quando a quando. Entidades que deveriam ser uma prova de valor da sociedade civil, da entreajuda e da capacidade de, em união, se construir algo independente e útil, em Portugal são, na sua grande maioria grupos subservientes ao poder político local, sem qualquer capacidade de representar nada senão a patuscada mensal no bairro.

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